São quatro da manhã
e eu aqui fora,
as mágoas aqui dentro,
e os pensamentos bem longe.
Não é culpa minha
se a noite me alivia,
se a escuridão me sufoca,
e o dia não brilha...
... E, por querer ser diferente,
igual a muitos,
amando a poucos,
continuo fingindo
e, congelando, suspiro.
Se Deus é amor
e a cura não existe,
insistindo, me pergunto:
"Será que ainda existe lugar no céu
para essa alma mal tratada?"...
... A resposta:
"Aguenta mais um pouco, filho,
confia na sorte,
deixa o sol entrar;
aguarda a morte,
e, mais tarde, descobrirá."
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